Ao todo, 37 deputados federais da Comissão já cometeram atos políticos ilícitos.
Paulo Maluf, condenado por corrupção, apoia o impeachment |
Aprovado, na última segunda-feira (11/04), o relatório a
favor do impeachment teve, ao todo, 35 votos de deputados federais envolvidos em corrupção. Embora
o suposto motivo para o impedimento da presidenta Dilma
Rousseff (PT) seja a corrupção, a maior parte dos políticos da
Comissão de Impeachment já foram denunciados ou condenados por ilicitudes.
Da parte dos que votaram contra o pedido protocolado por
Eduardo Cunha (PMDB) - denunciado vastamente por corrupção e lobby - somente
três deputados estão sendo investigados: Paulo Teixeira (PT), Arlindo
Chignaglia (PT) e Leonardo Picciani (PMDB).
Entre os deputados corruptos que votaram a favor do
relatório pelo impedimento de Dilma, estão políticos conhecidos pelos seus atos
contra a lei, como, por exemplo, Paulo Maluf (PP), que tem onze pendências,
entre as quais falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, e Paulinho da Força
(SD), que responde por formação de quadrilha e improbidade administrativa. A
lista ainda conta com o pastor Marco Feliciano (PSC), acusado de injúria, difamação,
incitação ao ódio e cujas contas eleitorais foram rejeitadas pelo TSE de São
Paulo, e Washington Reis, do PMDB, que tem contra si trinta processos,
incluindo crime contra o meio-ambiente, formação de quadrilha e improbidade
administrativa.
Jovair Arantes (PTB), relator da Comissão, apoiou
Eduardo Cunha na eleição para presidente da Câmara e foi denunciado pela
Folha de São Paulo, nesta terça-feira (12/04), por ter proposto uma lei por mês
em favor das empresas e empreiteiras que apoiaram a sua candidatura,
caracterizando um crime de lobby.
Caso o impedimento da presidenta Dilma Roussef
seja aprovado por 2/3 da Câmara dos Deputados, o processo seguirá para o
Senado, que terá 180 dias para decidir se aceita o impeachment ou não. Durante
esse período, a presidenta ficará afastada de seu cargo e o vice-presidente
Michel Temer (PMDB), acusado na Lava Jato e em
outros processos, poderá assumir temporariamente. Caso não se prove crime de responsabilidade,
mas o processo seja acatado pelo Senado Federal, o Supremo Tribunal Federal
poderá entrar com ação para que o impedimento seja anulado e Dilma retorne ao
cargo.
Da redação com Blasting News