quinta-feira, 14 de abril de 2016

35 dos deputados que votaram pelo impeachment são investigados por corrupção

 Ao todo, 37 deputados federais da Comissão já cometeram atos políticos ilícitos.

Paulo Maluf, condenado por corrupção, apoia o impeachment

Aprovado, na última segunda-feira (11/04), o relatório a favor do impeachment teve, ao todo, 35 votos de deputados federais envolvidos em corrupção. Embora o suposto motivo para o impedimento da presidenta Dilma Rousseff (PT) seja a corrupção, a maior parte dos políticos da Comissão de Impeachment já foram denunciados ou condenados por ilicitudes.

Da parte dos que votaram contra o pedido protocolado por Eduardo Cunha (PMDB) - denunciado vastamente por corrupção e lobby - somente três deputados estão sendo investigados: Paulo Teixeira (PT), Arlindo Chignaglia (PT) e Leonardo Picciani (PMDB).
Entre os deputados corruptos que votaram a favor do relatório pelo impedimento de Dilma, estão políticos conhecidos pelos seus atos contra a lei, como, por exemplo, Paulo Maluf (PP), que tem onze pendências, entre as quais falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, e Paulinho da Força (SD), que responde por formação de quadrilha e improbidade administrativa. A lista ainda conta com o pastor Marco Feliciano (PSC), acusado de injúria, difamação, incitação ao ódio e cujas contas eleitorais foram rejeitadas pelo TSE de São Paulo, e Washington Reis, do PMDB, que tem contra si trinta processos, incluindo crime contra o meio-ambiente, formação de quadrilha e improbidade administrativa.
Jovair Arantes (PTB), relator da Comissão, apoiou Eduardo Cunha na eleição para presidente da Câmara e foi denunciado pela Folha de São Paulo, nesta terça-feira (12/04), por ter proposto uma lei por mês em favor das empresas e empreiteiras que apoiaram a sua candidatura, caracterizando um crime de lobby.
Caso o impedimento da presidenta Dilma Roussef seja aprovado por 2/3 da Câmara dos Deputados, o processo seguirá para o Senado, que terá 180 dias para decidir se aceita o impeachment ou não. Durante esse período, a presidenta ficará afastada de seu cargo e o vice-presidente Michel Temer (PMDB), acusado na Lava Jato e em outros processos, poderá assumir temporariamente. Caso não se prove crime de responsabilidade, mas o processo seja acatado pelo Senado Federal, o Supremo Tribunal Federal poderá entrar com ação para que o impedimento seja anulado e Dilma retorne ao cargo. 

Da redação com Blasting News